11/02/2021
Empresas precisaram se reinventar com a pandemia de COVID-19 e a metodologia ágil é uma abordagem que permite acompanhar as mudanças do mercado.
Acompanhar a tecnologia, seja ela qual for, e suas atualizações nem sempre foi uma prioridade para algumas empresas. Isso até a pandemia de COVID-19 exigir uma transformação dos processos organizacionais e modelos de negócio.
As decisões, que já precisavam ser ágeis em um cenário sem pandemia, se tornaram um divisor de águas: tê-las praticamente em tempo real era (quase) uma certeza de continuidade dos negócios e vantagem competitiva.
Porém, a sobrevivência em um cenário de tantas incertezas trazidas pelo novo coronavírus não dependia apenas das tecnologias adotadas. As empresas precisavam ser ágeis. Portanto, muitas organizações viram a oportunidade de adotar a metodologia ágil em seus processos.
Neste artigo do Mundo + Tech, você descobre mais como a abordagem ágil vai permitir sua empresa se reinventar rapidamente.
Como destaca um artigo da McKinsey, praticamente todos os setores podem se aproveitar do desenvolvimento ágil.
– Varejo: um squad pode ser designado para impulsionar o volume e a margem de um determinado produto ou serviço.
– Telecom: um squad pode desenvolver recursos para o aplicativo de uma operadora e facilitar o atendimento ao cliente.
– Mineração: as empresas do setor podem fazer uso dos squads para criar operações mais seguras e eficientes ao capacitá-los em operações, manutenção e engenharia.
Abaixo, você confere dois exemplos trazidos pela McKinsey de empresas que se tornaram ágeis durante a pandemia e conseguiram virar a chave nos negócios.
Uma seguradora europeia já atuava há anos com metodologia ágil nas equipes de TI e digital. Porém, em 2020, ela decidiu transformar sua sede em uma operação totalmente ágil. Isso envolveu produtos, marketing, dados, jornada do cliente, preços etc.
Esse novo formato trouxe times multifuncionais e responsáveis pelo desempenho de longo prazo de produtos e jornadas e pela divulgação trimestrais de objetivos e resultados. No entanto, em meio ao novo design de trabalho, a pandemia exigiu que as equipes fossem para casa.
Isso se tornou um desafio, uma vez que a empresa precisou decidir como iniciar essa jornada de transição. A solução foi avançar com o trabalho remoto e lançar uma academia virtual para capacitar essas pessoas em escala.
1. Desenvolver recursos por meio de jornadas:
Treinamentos em espaço físico podem ser feitos rapidamente em um ou dois dias para entregar as principais mensagens sem gastar muitos recursos. No caso do trabalho remoto, a seguradora distribuiu o aprendizado em três meses antes do lançamento da academia virtual.
Além dos colaboradores conseguirem acessar um conteúdo totalmente digital e com curadoria, eles puderam participar de sessões de treinamento que cobriram tópicos-chave individuais durante o treinamento virtual.
2. Investir em conteúdo e experiências de alta qualidade
Nos ambientes presenciais, encontrar um grupo de pessoas entusiastas ode inspirar os participantes a aprender. Além disso, as discussões em grupo ajudam a construir o conhecimento necessário. O desafio é criar essa mesma experiência em treinamentos remotos.
Na seguradora, a sensação de entusiasmo foi criada a partir de jogos virtuais reproduzidos em videoconferências; vídeos de treinamento de alta qualidade; sessões com palestrantes externos envolventes e ajuda profissional para garantir que todos façam as perguntas certas.
3. Transformar para aumentar o engajamento
Depois de trabalhar remotamente por meio ano, muitos funcionários começaram a dar sinais de que não estavam tão “conectados” a empresas. Foi então que a metodologia ágil entrou na jogada para melhorar este cenário.
A abordagem foi uma maneira para as pessoas aprenderem novas habilidades, encontrarem pessoas que compartilham da mesma visão e integração para trabalharem juntas. Isso aumentou o nível de engajamento dos colaboradores.
Uma empresa de artigos esportivos decidiu adotar a metodologia ágil em grande escala em 2020. No primeiro momento, ela lançou uma unidade ágil com dez squads multifuncionais nas áreas de logística e operações.
A missão era repensar toda a cadeia de valor do cliente sem precisar trabalhar de maneira isolada. Ou seja, entender como cada setor responsável pela cadeia de suprimentos poderia atuar integrado com outro.
Quando a COVID-19 atingiu as operações, as primeiras equipes ágeis já estavam em treinamento e integração. Isso fez a empresa repensar o lançamento desse modelo. Em vez de recuar, os times seguiram em frente, acreditando que isso poderia acelerar a mudança na cadeia de suprimentos.
Três meses depois, o esforço rendeu resultados. A empresa recuperou rapidamente as vendas e o engajamento entre os membros da equipe ficou em alta.
1. Estabelecer um modelo operacional transparente para as equipes
Nos ambientes remotos, cada equipe deve estar a par do modelo operacional. A empresa precisa deixar claro algumas premissas, como por exemplo, as normas de equipe (ou seja, comportamento esperado), os ritmos dos sprints e os meios de comunicação (ferramentas, como as decisões devem ser tomadas etc.).
É preciso também, antecipadamente, chegar a um consenso sobre quais medidas devem ser tomadas quando os colaboradores do time não agem como o esperado ou as coisas não saem como planejadas.
2. Parar de começar e começar a terminar
Um ritmo sustentável deve ser mantido para que os times consigam ter foco nas coisas importantes. Isso ajuda a concentrar a visualizar o fluxo de trabalho: do início de uma ideia até o momento em que uma equipe decide que o trabalho foi concluído.
Essa abordagem cria transparência e ajuda as equipes a agirem juntas para resolver problemas existentes antes de recorrer a novos.
3. Tornar a equipe verdadeira
O elemento final e mais importante de equipes de sucesso é uma forte cultura de integração. Para isso, as pessoas podem dedicar um tempo para trocar conhecimentos e construir conexões, que vão ajudar no engajamento diário das demandas.
É interessante reservar um tempo nas reuniões virtuais para conversas informais, como as que aconteciam nos corredores ou durante um café no período pré-COVID. Isso serve para motivar e energizar as equipes.
Esses dois exemplos abordados pela McKinsey mostram que é possível mudar os modelos operacionais com a metodologia ágil mesmo quando os colaboradores estão remotos. A consultoria ainda deu quatro dicas para começar essa jornada:
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